sábado, 24 de março de 2007

Pontos de vista politico sobre a economia de Cabo Verde

Considerando os dados apresentados pelo Governo no diagnóstico para elaboração do Orçamento do Estado para 2007, que estima o crescimento do PIB para 2007, entre 6 a 7% e que situa a inflação entre 0 a 1%, apesar do perfil ascendente da inflação que em Setembro de 2006 se situava em 4,2%, o país caminha-se para a fase de consolidação orçamental. Nesta medida o discurso da Oposição deve mudar, no sentido de melhorar a visão do futuro e exigir resultados ao Governo. O Governo tem todas as condições para eliminar a pobreza e corrigir as divirgencias existentes entre crescimento económico, a mobilidade social e a ascenção social dos individuos.

Hoje, pelas estatísticas do emprego, pode ser medido o impacto dessa fase positiva que resulta também da consolidação orçamental e ela deve ser bem aproveitada, porque representa um esforço de toda Nação. Por isso, tem cabimento estrategico o discurso sobre a cultura de resultados. Uma cultura que não pode ignorar a necessidade de um crescimento económico qualitativo, que seja compatível com as exigencias da mobilidade social das familias e da ascenção social dos individuos. Isto é um crescimento económcio equilibrado, socialmente bem distribuido e harmonioso, que gera empregos definitivos e não temporários ou sazonais. Empregos que contrariam o sub-emprego e o fenómeno da pobreza relativa ou que não representa apenas ocupação temporária dos individuos. Nota-se que uma pessoa poderá estar momentaneamente ocupada e ao mesmo desempregada. O perfil das estatísticas de emprego aponta para uma realidade, ainda desconhecidas, isto é, não considera a necessária relação entre o emprego, seu crescimento e a redução da pobreza. Verifica-se que a pobreza abosoluta esta a reduzir-se no País, mas a pobreza relativa a aumentar.

A cultura de resultados deve fazer com que o País exija mais trabalho ao Governo. Ou seja que mais emprego coresponda uma redução efectiva de numero de pobres no País e aumenta a solidariedade social. Observa-se que a mobilidade social no País diverge todos os dias do crescimento económico e do processo de acumulação do capital que tende a concentrar-se, isto significa que não existe nenhuma garantia de que a ascenção social das familias tem relação directa com crescimento do emprego. Por outro lado, Cabo Verde é uma pequena economia, portanto qualquer grande investimento pode gerar um impacto profundo na economia.

Além do mais o discurso sobre resultado vai permitir ao Governo esclarecer os Cabo-verdianos em definitivo qual é o rumo, qual é o caminho que pretende percorrer para atingir a meta da legislatura (se na verdade o pretende cumprir), que fixa o crescimento económico em dois dígitos, coloca e assume uma meta para o desemprego para níveis de 1 dígito. Esse objectivo está longe de ser atingido. Ou melhor tais objectivos não são cumpridos apenas pelo facto do INE e o IEFP terem publicado estatísticas conjunturais de emprego e o Paicv vir a publico gritar, atacando o Lider do MPD, como se partilhasse a responsabilidade de Governo com o MPD. Importa dizer que o Governo deve governar e não vai poder fugir da necessidade de apresentar resultados e deixar de promessas, promessas, promessas.







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