sexta-feira, 27 de março de 2009

Deputado do MpD sugere bonificação das taxas de juros de depósitos dos emigrantes


Em Portugal, também em visita de circulo, o deputado Miguel Sousa defendeu a bonificação das taxas de juros de depósitos dos emigrantes, como forma de “envolver” a diáspora crioula no circuito económico nacional e de promover o que considera ser “a principal” fonte de liquidez da economia cabo-verdiana.

Em mais uma das suas jornadas junto das nossas comunidades em Portugal, o eleito do MpD, Oposição, defendeu que o Governo de Cabo Verde deve retomar o que ele chama de politica de bonificação da taxa de juros dos depósitos dos emigrantes, assim como se fazia na década de 90, quando o seu partido era governo. “Essa medida recomendado tanto pelo Banco Mundial como pelas diversas agências das Nações Unidas permitiria a Cabo Verde mobilizar meios e liquidez capazes de aumentar a disponibilidade de crédito a nível nacional e permitir o fomento da actividade económica”, prevê o deputado que vê nessa medida política uma das muitas formas de contornar a crise internacional que vem na nossa direcção.

Segundo o deputado, o Governo não pode deixar de ouvir as reivindicações dos emigrantes, pois considera como sendo “legítimo” exigir que no quadro da entrada do nosso país na Organização Mundial do Comércio, o país deve também olhar para a nossa diáspora. “Não podemos pensar apenas em desarmar as nossas alfândegas para que empresários de outros países façam negócios em condições especiais de competitividade em Cabo Verde e esquecer a nossa emigração”, comenta Sousa, para quem deve-se também olhar para as nossas comunidades no exterior e incentivar as suas relações económicas e comerciais com a terra mãe.

Nesta sua deslocação a Portugal, Sousa insistiu nesta medida e reiterou sua firme em convicção em como o estatuto especial para o investidor emigrante, o Balcão Único dirigido aos emigrantes, conjugado com a redução da taxas alfandegárias e mesmo com a definição de políticas de transportes que levem a transportadora aérea nacional, TACV, em parceiras com outras companhias, a desenvolvam preços que reduzam os custos de passagem aérea para Cabo verde, “são medidas que, inclusivamente, poderiam servir de ‘mola’ para combater a crise no sector turístico e imobiliário”. O deputado acredita que com essas medidas o país “veria mais e mais emigrantes” a optarem por gozar as suas férias em Cabo Verde e a investirem no país do que preferir outros destinos.

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