quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Deputado Miguel Sousa apela os Cabo-verdianos em Portugal para se organizarem em rede de social de apoio no sentido de enfrentarem o desemprego

Em Portugal:

Deputado Miguel Sousa apela os Cabo-verdianospara se organizarem em rede de social de apoio no sentido de enfrentarem o desemprego, a crise e uma eventual situação de emergência social e pede ao Governo de Cabo Verde plano de emergência a favor da protecção dos emigrantes carenciados, em consequência do desemprego e da crise social que se anuncia para 2009.

Nesta quadra, o deputado contacta com os emigrantes naquele pais irmao, tendo, nos últimos dias, visitado os bairros de Quinta da Laje, bairro de Minas/Casal de S. Brás e Casal da Mira, no Concelho de Amadora, os bairros de monte de Caparica, no Concelho de Almada e Santa Marta de Corroios no Concelho de Seixal e bairros do Concelho de Oeiras e Loures, com intuito de acompanhar e tomar “pulso” das principais preocupações sociais, que afligem os nossos conterrâneos nesse país irmão, numa altura em que se anuncia aumento de desemprego e crise social para o ano de 2009.

Face à realidade social potencialmente dificil em que vivem os emigrantes cabo-verdianos em Portugal, o deputado desafiou-os a não se acomodarem e a organizarem-se em rede social, apoiando-se uns aos outros, designadamente aquela pessoa e aquela família que mais necessitar de ajuda, no sentido de melhor enfrentar a crise económica e financeira, que se anunciam para 2009. O desemprego e a carência social podem empurrar os nossos emigrantes em Portugal e na Europa para situações de emergência social, exigindo, que o Governo oriente as Embaixadas e os Consulados de Cabo Verde na Europa para o desenvolvimento de trabalho em rede, com as Associações e demais Organizações da Sociedade Civil em cada pais de acolhimento dos nossos emigrantes, partilhando informações e caso seja possível para elaborarem um plano para apoio social de emergência para os Cabo-verdianos que podem vir a viver situações de dificuldades na Europa e, em particular, aqueles que residem nos bairros sociais em Portugal.

O deputado eleito pela Europa, também ele, vice-presidente da bancada parlamentar do MpD, é penoso assistirmos os Cabo-verdianos, nossos irmãos, que trabalharam vida inteira em Portugal, a viverem, hoje, nos bairros sociais, numa situação social dificílima, por ter trabalhado com “patos bravos” e não terem, em consequência dessa condição laboral passada, feito descontos para a segurança social e hoje vivem em situações de esmola pública e caridade alheia, quando durante toda vida trabalharam para o desenvolvimento económico de Portugal e enviaram apoios aos familiares em Cabo Verde - no fundo, contribuíram para o desenvolvimento de Portugal e de Cabo Verde. Por isso, considera o deputado, chegou momento de todos nós olharmos de forma diferente para estas situações nas nossas comunidades emigradas, exigindo-se que tais questão, podendo ser consideradas de “proeminência humanitária”, sejam enquadradas, se possível e em última análise, de forma descomplexada no âmbito da cooperação entre os dois Estados, comentava o deputado, num desses contactos em Santa Marta de Corroios e Amadora.

Para o deputado, importa mesmo fazer um levantamento da real situação social em que vivem esses nossos concidadãos e conhecer com detalhe a profundidade do problema, especialmente a situação de “pobreza envergonhada” que afecta os nossos conterrâneos escondidos nesses bairros sociais.

O País não pode esquecer-se desses concidadãos, sendo é também por isso e para isso que temos Embaixada e Consulado em Portugal e num conjunto de outros países na Europa, pois essa também resulta das responsabilidades constitucionais do Estado de Cabo Verde - cuidar dos seus cidadãos, na medida do possível, lá onde estejam a viver e precisarem do apoio do Estado e prevenir o futuro dos seus descendentes que é, no fundo, prevenir o futuro da Nação cabo-verdiana e de todos nós, afirma.


Assessoria de Imprensa do Deputado em Lisboa, ao 24 de Dezembro de 2008

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