quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Comunicado: incidente ou realidade estatístico: os 10,8% de crescimento do PIB.

Apesar de não ter havido desmentidos por parte do INE de que a taxa de crescimento do PIB de 10,8% posto na comunicação social não é de 10.8% e que tal informação configura-se num incidente e deveria ser assumido como tal.

Não acreditando que tendo tanto desejo de ver o pais a registar um crescimento de 2 dígitos (desejo de todos os cabo-verdianos), o Governo não se fez rogado e imediatamente após substituir o anterior presidente do INE, mandou a novíssima direcção do INE, dizer ao publico que na verdade o país teria crescido em 2006/2007 a dois digito, atingindo a taxa real de 10,8%. A intervenção do Governo no INE desqualifica a governação da instituição e traduz um desgoverno para o INE, que nos últimos dez anos tudo fez para se credibilizar junto da opinião pública interna e junto das instituições internacionais.

Não fosse o facto de estarmos em sede do Orçamento Geral de Estado, momento em que todas as previsões são assumidas e verificadas pelos diversos serviços que coligem estatísticas económicas e financeiras e delas fazem uso para analise da situação macroeconómica do país, visando sua apresentação no preâmbulo do Orçamento Geral de Estado, documento ja apresentado aos deputados da Assembleia Nacional, ficaria todo o país sem poder verificar esse incidente provocado pelo INE, incidente esse que imediatamente asseguir foi assumido pelo dr. Jose Maria Neves, não na qualidade de Primeiro-ministro, mas sim na qualidade de presidente do Paicv, apenas e tão só para discursos internos de mobilização dos partido, por isso o corro irresponsavel de repetições por parte dos militantes.

O INE não desmentiu tal incidente, pois ele foi ja assumido pelo dr. José Maria Neves, como se de verdade se tratasse. O relatório do BCV desmente esse incidente de forma taxativa, ao assumir outros valores quanto ao crescimento real do produto, pelo que seria muito oportuno que o INE, para contrariar a tentativa de manipulação politica partidaria, explicasse a forma como se pôs a circular esses numeros, ja que isso mexe de forma incontornável com a credibilidade da nova direcção do INE, que não pode assumir a condição de militante partidário na prudução de estatísticas e nem tao-pouco pode fazer vontade politica ao Paicv e ao Governo, pois acima disso está a verdade estatística e o proprio INE.

Cidade Praia, 6 de Novembro de 2007

1 comentário:

MIGUEL CRUZ SOUSA disse...
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